A crise ainda não passou
É verdade que o pior da crise talvez já tenha passado, mas isso não significa que o país tenha voltado à estabilidade. O índice de desemprego segue em alta, a inflação tem previsão para fechar o ano não muito menor que 2016 e o nosso Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estagnado.
Diante de tudo isso, a perspectiva é de fraco crescimento até dezembro, conforme indica o relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2017, divulgado pela Organização da Nações Unidas (ONU) em janeiro.
A ONU prevê que, depois de uma queda de 3,2% no ano passado, a economia brasileira volte a crescer, ainda que de forma modesta: 0,6%. Já para 2018, o cenário melhora, mas deve ficar longe do ideal, com avanço projetado de 1,6%. Segundo a organização, essa retomada lenta é reflexo de “uma das mais profundas recessões” que o Brasil viveu nos últimos dois anos.
Obviamente, a crise tumultua o ambiente de negócios no país, atrasa investimentos e dificulta o acesso ao crédito, entre outras consequências. Mas isso não significa que não haja como fazer dela uma oportunidade, como veremos a seguir.
Como ganhar dinheiro na crise: 9 dicas
Ganhar dinheiro na crise depende principalmente da identificação de uma boa oportunidade de negócio. Por incrível que pareça, tempos instáveis favorecem determinadas atividades. Junte a isso um perfil empreendedor, planejamento, muita dedicação e uma pitada de sorte. Pronto: você encontrou uma receita de sucesso financeiro.
Uma boa dica para empreender em 2017 é conferir o estudo conduzido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Como já é tradição, a entidade apontou os negócios promissores para este ano. Desta vez, a sugestão é abrir uma empresa no ramo da alimentação, vestuário ou conserto.
No entendimento do Sebrae, que realizou a pesquisa com base no perfil de novas empresas em anos anteriores e no comportamento da economia nacional, o momento privilegia negócios que atendem às necessidades básicas, que oferecem serviços de reparação e que permitem a redução de custos operacionais para outras empresas.
1. Alimentos e bebidas
Mesmo em tempo de crise, ninguém deixe de se alimentar, não é mesmo? O Sebrae lembra que as pessoas podem fazer ajustes no cardápio, buscar alternativas mais baratas, mas o consumo permanece. A entidade lista algumas das opções de negócios promissores nessa área.
- Comércio de alimentos e bebidas
- Representação comercial
- Preparação de alimentos
- Comida preparada
- Restaurantes populares
- Lanchonetes
- Produtos de panificação
- Laticínios
- Doces
- Refeições.
2. Vestuário
Da mesma forma que na alimentação, as pessoas não deixam de consumir roupas e acessórios. Além de representar uma necessidade, dada as mudanças de estação, tem ainda o componente estético: o brasileiro gosta de se vestir bem. Uma prova disso é que o Sebrae indicou esse tipo de negócio entre aqueles demaior taxa de natalidade em 2016.
- Confecção
- Comércio de vestuário e acessórios do vestuário
- Comércio de bijuterias.
3. Serviços de saúde
Por mais que o brasileiro tenha feito ajustes no orçamento e reduzido os gastos ao máximo, fica difícil poupar quando é a saúde que está em jogo. Esse fato, por si só, explica por que serviços destinados a cuidar melhor do corpo e da mente permanecem em alta no país.
- Consultório médico
- Serviços ambulatoriais
- Fisioterapia
- Nutrição
- Venda de planos de saúde
- Comércio de medicamentos
- Comércio de artigos de ótica.
4. Produtos/serviços inovadores
Se você já tem uma empresa, sabe bem como a crise gera a necessidade de apertar ainda mais os gastos. Para um empreendedor, não é diferente do que acontece na casa do cidadão comum.
É por essa razão que oferecer produtos e serviços que permitam aumentar aeficiência produtiva e a redução de custos nas empresas são uma sugestão do Sebrae entre os negócios promissores de 2017.
5. Serviços de reparação
Esse setor resume bem como ganhar dinheiro na crise. Até 2014, conforme lembra o Sebrae, o país vivia um momento totalmente diferente e houve grande ascensão das classes mais baixas. Isso resultou no maior consumo de eletrônicos, de eletrodomésticos e de automóveis, entre outros bens.
Com a crise batendo na porta do brasileiro, é mais econômico agora reparar os itens que precisam de conserto do que adquirir novos. É aí que cresce a procura por esse tipo de serviço.
- Reparação e manutenção de veículos usados
- Manutenção de máquinas e equipamentos
- Comércio de peças e acessórios para veículos usados.
6. Estética/beleza
A crise até pode deixar o brasileiro menos gastador, mas a vaidade não acaba. E não são apenas as mulheres que gostam de cuidar da beleza, pois o público masculino cada vez mais faz uso de produtos e serviços na área estética. A isso, se soma o fato de atividades ligadas à higiene pessoal estarem em alta, conforme destacou o Sebrae.
- Cabeleireiros
- Comércio de cosméticos
- Comércio de produtos de perfumaria e higiene pessoal.
7. Serviços especializados
O mercado não costuma fechar as portas para quem se especializa. Mesmo na crise, há demandas inadiáveis, para as quais é preciso contar com umaassessoria técnica. Nesses casos, o conhecimento é insubstituível e, por isso, o Sebrae relaciona alguns serviços que seguem em alta mesmo em meio à economia instável.
- Serviços advocatícios
- Serviços de engenharia
- Serviços de comunicação
- Serviços de gestão empresarial
- Serviços de apoio administrativo
- Serviços de contabilidade
- Serviços domésticos
- Serviços com foco na 3ª idade.
8. Informática
O mundo é cada vez mais online. Com tantos processos sendo realizados através de computadores, esse equipamento acaba funcionando como o cérebro de muitas empresas. Isso sem falar no seu uso doméstico. Não se engane achando que o celular irá substituir por completo a máquina. Ela continua sendo essencial, assim como a sua manutenção e reparação.
- Serviços de manutenção e reparação de computadores e equipamentos de informática
- Produção de softwares
- Comunicação multimídia.
9. Construção
Enquanto houver espaço, as cidades continuarão crescendo e a construção civilse manterá em alta, movimentando toda uma cadeia ligada direta ou indiretamente às obras. E é preciso lembrar ainda das reformas e serviços de reparação, já que na crise costuma ser mais barato consertar do que buscar algo novo.
- Comércio de material de construção
- Manutenção e reparação
- Pintura
- Pequenas reformas de imóveis
- Instalações elétricas
- Instalações hidráulicas
- Obras de acabamento
- Artigos de serralheria
- Móveis de madeira
- Manutenção de sistemas de ventilação e refrigeração.
Planeje ganhar dinheiro na crise
Empreender por oportunidade e não por necessidade é o melhor caminho para ter um negócio de sucesso. Isso significa que, mais do que abrir uma empresaporque perdeu lugar no mercado, o ideal é ter uma proposta que atenda a uma demanda identificada.
Fonte: Conta Azul
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