terça-feira, 3 de abril de 2018

Como ele mudou a forma de comprar e vender milhas sem nenhum investidor

São Paulo – O mercado brasileiro de passagens aéreas possui dimensões gigantes, com 100 milhões de viagens vendidas todos os anos. A proporção inclui, infelizmente, alguns desperdícios. Os programas de milhagem de companhias aéreas e de instituições financeiras emitem, juntos, 370 bilhões de pontos. Mas 75 bilhões deles vão para o ralo por expirarem – assim como um consumo potencial de 2 bilhões de reais.
A análise é do empreendedor mineiro Max Oliveira, que criou uma startup para resolver essa lacuna sem nem havê-la cogitado em números. A MaxMilhas nasceu por um problema pessoal do engenheiro de produção: uma compra de passagem aérea que resultou em decepção.
Hoje, a MaxMilhas já vendeu um milhão de passagens aéreas com desconto, por meio da compra e venda de pontos de milhagem. Para o futuro, planeja multiplicar seus números e internacionalizar a solução.

Ideia de negócio e economias

Oliveira é engenheiro de produção e já trabalhou em gigantes como Ambev e Vale. Ele nunca havia empreendido e também não conhecida nada do mercado de turismo – até que uma experiência de compra mal sucedida mudaria seus planos de carreira.
“Morava em diversas cidades do Brasil por conta do meu trabalho e, na hora de comprar uma passagem aérea para ver minha namorada, passei por um problema ao processar o pagamento. Quando fui recomprar a passagem, ela tinha saltado de 100 para 500 reais. Fiquei indignado”, conta.
O valor da passagem em milhas aéreas, porém, continuava o mesmo. Oliveira saiu perguntando se algum amigo tinha milhas. Perdeu a viagem, mas ganhou a ideia de criar uma plataforma que juntasse quem precisa de milhas para viajar com quem gostaria de vender seus pontos.
O empreendedor falou da ideia para todo mundo e, com o feedback, o projeto ganhou contornos. Foram investidos cerca de 28 mil reais. Oliveira trabalha na MaxMilhas à noite e nos fins de semana, quando não estava na Vale e nem estudando para um futuro MBA no exterior.
“Comecei o site como um hobby. Até falava para meus outros dois sócios na época que não sairia do meu emprego mesmo se a plataforma bombasse.”
Fonte: Exame

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