quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Os melhores e piores investimentos de janeiro


A renda variável segue firme no topo do ranking das aplicações financeiras mais rentáveis, incentivada pela condenação do ex-presidente Lula

São Paulo — Com a Selic em 7% ao ano, a menor desde 1986, o mercado de ações continuou no topo do ranking de investimentos em janeiro.
Os fundos de ações indexados, que têm como objetivo seguir as variações de indicadores de referência, entre eles o Ibovespa, tiveram o melhor desempenho do levantamento, com alta de 9,17% no mês.
Os fundos de ações de empresas que pagam bons dividendos acompanharam o movimento e ficaram em segundo lugar no ranking, com valorização de 7,35% no primeiro mês do ano.
Os sucessivos cortes na taxa básica de juros (Selic) já vinham deixando os fundos que investem em ações mais atrativos nos últimos meses. Mas no primeiro mês deste ano, a condenação em segunda instância do ex-presidente Lula por lavagem de dinheiro e corrupção favoreceu ainda mais a rentabilidade dessas aplicações, analisa Dennis Kac, sócio da Brainvest.
“Com o presidente inelegível para a próxima eleição, o mercado financeiro ficou mais otimista de que haverá uma manutenção das reformas promovidas pelo presidente Temer, já que aumenta as chances de ser eleito um candidato de centro-direita. Esse cenário favorece a tomada de riscos, pois não deve provocar grandes oscilações em variáveis como juros e inflação”.
Um cenário benigno no exterior, com crescimento de países desenvolvidos e emergentes, taxas baixas de juros e inflação controlada também incentivam as aplicações em renda variável, diz Kac.
Na outra ponta, os fundos cambiais ficaram na última posição do ranking. Esses fundos desvalorizaram 3,51% no período, acompanhando a queda de 4,05% do dólar.
O ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações no mês, sem descontar Imposto de Renda (IR).
Em aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,5% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue a tabela regressiva, na qual a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.
Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de imposto e a aplicação em ouro é isenta do tributo para aplicações de até 20 mil reais.

Fonte: Olhar Digital

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