segunda-feira, 11 de março de 2019

Mulheres deixam de empreender — e o mundo perde trilhões com isso

A pesquisa mostrou ainda que 77% das mulheres afirmam que trabalhar aumenta sua confiança

Um levantamento do Instituto Avon, em parceria com a Oxford Economics, mostrou que as mulheres ainda não se sentem encorajadas para empreender, o que limita o potencial de crescimento dessas mulheres em 50%. Segundo os dados, essa limitação pode representar uma perda de R$ 12 trilhões a R$ 18 trilhões por ano no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos) global.
A pesquisa mostrou ainda que 77% das mulheres afirmam que trabalhar aumenta sua confiança, enquanto 65% das mulheres dizem que o trabalho melhorou a forma como são tratadas pelos outros e 74% afirmam que o trabalho aumentou sua capacidade de ser um modelo para seus filhos.
O estudo, que entrevistou 1.000 mulheres acima de 18 anos, em 15 países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Itália, México, Peru, Filipinas, Polônia, România, Rússia, Turquia, África do Sul, Reino Unido -, indicou também que para 80% das mulheres as marcas de beleza têm colocado muita pressão para que sejam perfeitas.
Para 94% das entrevistadas, é importante que as mulheres possam trabalhar fora de casa, se quiserem, e 93% afirmaram que as mulheres têm a mesma capacidade que os homens em negócios. A forma como decidem gastar seu dinheiro deve, para 69% das mulheres, ser decidida sem a necessidade de perguntar para o parceiro.
Entre as mulheres que nunca tiveram um negócio, mais da metade cita a falta de recursos financeiros como a principal barreira (55%), enquanto 23% dizem não ter ideia que funcionaria. Aquelas que responderam não ter as conexões necessárias para colocar um negócio em funcionamento foram 22%, assim como as que acreditam que começar um negócio parecia muito arriscado.
Segundo os dados, para 50% as principais barreiras ao empreendedorismo feminino são fatores culturais, porque as mulheres não são encorajadas a acreditar que possam empreender; para 49% as mulheres são responsáveis por cuidar de suas famílias e lares; para 30% as mulheres têm acesso a menos recursos financeiros para criar um negócio e 34% pensam que as mulheres são menos dispostas a arriscar.

Fonte: exame.abril.com.br

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Empreendedorismo em tempos de crise: Dicas para o seu negócio

Aproveitando as oportunidades de uma crise

Apesar de a crise causar certo pânico entre consumidores e empresários, e de ter suas consequências reconhecidamente negativas, ela também gera oportunidades para quem está devidamente preparado para aproveitá-la.
Nesse sentido, a crise é um ótimo momento para duas ações igualmente relevantes: ajustar e inovar. Veja a seguir o que fazer para aproveitar essas oportunidades:

Observe o que não está funcionando

A crise é um momento que escancara as feridas de um negócio e que explora as fraquezas de todos os empreendimentos. Com isso, quanto mais problemas você deixar sem solução, mais vulnerável ficará o seu negócio em um momento como esse.
Assim, é muito importante começar fazendo uma avaliação do que não está funcionando no seu negócio mesmo antes da crise. Alguns negócios têm problemas com custos muito elevados, com desperdício de matérias-primas ou com clientes inadimplentes.
Seja qual for a sua situação, o ideal é que você tome as rédeas dela para conseguir contornar os problemas.

Encontre oportunidades para inovar

Estar em um momento de crise não significa que o seu negócio deva ficar estagnado, apenas contendo os efeitos da instabilidade econômica. Pelo contrário: investimentos e inovações feitos da maneira correta podem ter ainda mais retorno em um momento como esse.
Isso porque durante uma crise econômica a reação natural dos concorrentes é frear investimentos e inovações. Por outro lado, é preciso fazer muito mais para convencer o cliente a adquirir um produto ou solução oferecido pelo seu negócio.
Com isso, a inovação funciona não apenas como uma forma de estimular o consumo e melhorar os resultados do negócio, mas também como uma maneira de gerar diferencial competitivo.

Tenha atenção aos custos

Fazer investimentos assertivos se torna uma tarefa muito mais difícil quando você tem recursos sendo continuamente desperdiçados em seu negócio. Em uma crise econômica, o que você desperdiça ou gasta a mais pode ser determinante para o seu fracasso em um cenário hostil.
Por isso, vale a pena manter a máxima atenção aos custos. É preciso fazer um mapeamento e uma análise completa dos processos do negócio e identificar o que pode ser otimizado ou até mesmo eliminado.
Também vale a pena pensar em renegociações de contratos, mudanças de fornecedores e investimentos em tecnologia como forma de reduzir custos. Independente disso, entretanto, é fundamental que você tome cuidado para que a redução de custos não signifique redução na qualidade oferecida aos clientes — ou então o efeito será justamente o oposto ao desejado.

Invista em conhecimento

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Fonte: http://casadopaodequeijo.com.br/franquias/empreendedorismo-em-tempos-de-crise-desafios-oportunidades-e-inovacao/

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

CONCEITOS DA INFORMÁTICA E INTERNET


O Projeto Conceitos da Informática e Internet tem como objetivo garantir a todos os alunos acesso às tecnologias de informática e comunicação. O foco é o aprendizado de diversas habiliades fundamentais nessa era digital, como fazer pesquisas, mandar e-mails, montar currículos. Tendo esses conhecimentos, você vai estar preparado para o mercado de trabalho.
Conteúdos abordados no curso:
● Intrudução á Informática Básica

Conteúdo: A invenção e evolução dos computadores – Como funciona o computador – De que é formado um computador – Sistema Windows – Pastas e Arquivos – Internet – Como funciona a internet – O que é preciso para navegar na internet – Email – Como criar um email pessoal – Como ler e enviar email e muito mais.


● Editor de textos - Word

Aprenda a usar um editor de texto para fazer ofícios e cartas – formatar as letras – incluir imagens aos textos – editar textos prontos – profissionalizar os textos do dia a dia – Crie documentos profissionais.

● Editor de planilhas - Excel

Aprenda a criar planilhas de controle que fazem cálculos automáticos – controle de orçamento doméstico – controle de materiais de escritório – gráficos – coloque imagens em suas planilhas crie planilhas que faça o cálculo pra você.
Carga horária: 5h30min
Materiais do curso:

● Vídeo aulas

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Valor do investimento: R$ 480.00

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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Empreendedora aposta em setor inovador e é premiada

Jovem de 33 anos largou carreira de analista de sistemas para mostrar ao mundo que liderança de negócio no setor de drones também é lugar de mulher

 Raquel Molina foi eleita a empreendedora do ano no setor pela DroneShow, maior feira de drones da América Latina
Raquel Molina foi eleita a empreendedora do ano no setor pela DroneShow, maior feira de drones da América Latina (Futuriste/Divulgação)
Raquel Molina era ainda uma criança quando ganhou o primeiro computador de seu avô, que aprendia sozinho a mexer na máquina e depois ensinava as netas. Veio daí a inspiração que a fez formar-se em sistemas da informação anos mais tarde. Do avô, herdou o gosto pela tecnologia. Do pai, que assistiu ao esforço de abrir o próprio negócio, herdou a vontade de empreender. Há quatro anos, abandonou uma carreira de analista de sistemas para virar empresária em um mercado inovador: o de drones.
Hoje, aos 33 anos, ela é fundadora – junto ao sócio Leonardo Minucio – da Futuriste, empresa pioneira na prestação de serviços e treinamento do uso de veículos aéreos não tripulados (VANTs). Ao desbravar esse nicho, Raquel tornou-se a primeira instrutora de drones do país, fez da Futuriste a empresa brasileira com maior número de indicações na lista TOP 3 do mercado pela DroneShow (a maior feira de drones da América Latina) e foi eleita no evento de 2018 como “empreendedora do ano” do setor.
“Vimos fora do país uma oportunidade. Lá fora o uso profissional dos drones estava se desenvolvendo bem, enquanto aqui ainda engatinhava”, conta. É que em 2014 os drones ainda não eram muito conhecidos por aqui. E quem os conhecia os associava a um uso negativo, como para guerras ou espionagem. A Futuriste mostrou que eles poderiam ir muito além: são utilizados para inspeção e monitoramento de obras, na análise do plantio e até mesmo na cobertura jornalística de eventos ou na produção de imagens publicitárias.
O caminho de Raquel até aqui, no entanto, não foi fácil. Ela teve que provar para muita gente que a liderança de uma empresa pioneira e inovadora também era lugar de mulher. “O mercado de drones é predominantemente masculino, assim como o mercado de tecnologia como um todo. As pessoas ficavam espantadas de ver que era uma mulher à frente de uma empresa de drones. Vinham procurar o instrutor e eu era a instrutora”, conta.
Mas se por um lado houve quem não lhe desse crédito, por outro há quem valoriza seu trabalho. “Já tive reconhecimento de muitos homens. Uma vez fui jantar com um CEO de uma companhia japonesa e ele ficou muito surpreso quando viu que a dona da empresa era mulher. Ele me disse que era surpreendente ver uma mulher na posição em que eu me encontrava nesse mercado.”
Agora, Raquel tenta trazer mais mulheres para perto. O número de alunas que instrui este ano já aumentou 25% em relação ao ano passado. “Achamos que tem poucas mulheres na tecnologia, mas isso vem da falta de incentivo da menina quando criança ter contato com esse mundo”, explica. “Meus pais sempre me deram videogame, eu cresci dentro desse ambiente, isso é fundamental para despertar o interesse. Eu fiz isso com minha filha e ela já é apaixonada por tecnologia, tem até o seu minidrone.”
Ela passou também por desafios que todos os empreendedores enfrentam. Mas, para se destacar em um mercado tão inovador, buscou primeiro por capacitação — não só técnica, mas também de gestão. Além dos treinamentos, principal foco da empresa, a Futuriste também vende o equipamento e presta serviços de assistência técnica.
“Fomos nos desenvolvendo, crescemos junto com a popularidade. No começo, demoramos cinco meses para fazer a primeira turma. A gente precisava primeiro mostrar que aquilo existia, quais eram seus benefícios para então dizer: ‘Agora que você sabe disso, vamos fazer um curso?”.
Ela também buscou conhecimento para não errar na gestão do negócio. “Isso é fundamental. Você pode ser ótimo técnico e afundar a empresa por falta de conceitos financeiros ou de marketing, por exemplo.” E encontrou, em redes de mulheres empreendedoras — grupos que se reúnem para fazer networking, tirar dúvidas em comum, trocar experiências e até fazer sessões de consultoria e mentoria —, o apoio para seguir em frente apesar das dificuldades. “Hoje tento colaborar e atuo também como mentora. Isso é essencial no dia a dia, porque fazer as coisas sozinha é mais difícil”, diz.
Agora, os planos são de expansão. Raquel quer fixar a empresa em outros estados para atender mais regiões. Hoje, a Futuriste tem seis instrutores — entre eles, duas mulheres — que já treinaram 1 500 pessoas, além de oito funcionários na operação. “Temos 50 000 drones cadastrados no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). É um mercado grande que só se profissionaliza mais depois da regulamentação”, conta.
Nas próximas semanas, a empresa vai participar do programa de aceleração do Itaú Mulheres Empreendedoras, que tem como objetivo aprimorar as habilidades de gestão empresarial e o desenvolvimento do talento de empreendedoras.
O projeto funciona como uma capacitação intensiva, de 72 horas de aulas online e presenciais. Além disso, 30 empreendedoras selecionadas de todo o Brasil e de diferentes segmentos elaboram um plano de crescimento para as suas empresas. O programa é realizado em parceria com a Fundação Getulio Vargas de São Paulo, e, além das aulas, as mulheres contam com avaliação e feedback para os projetos apresentados no final do programa.
Segundo informações passadas pelo Itaú Mulheres Empreendedoras, a dupla ou tripla jornada de trabalho das mulheres acaba as levando a uma falta de tempo e estímulo para fazer networking. Ainda são poucas as referências de liderança feminina na mídia impressa e digital, filmes e eventos para que consigam se inspirar.
É por isso que redes de apoio são tão importantes: para que elas possam trocar experiências, aprender umas com as outras nos erros e acertos, se reconhecer nos desafios e potencialidades e, ainda, mapear oportunidades de fazer negócios e parcerias — um verdadeiro exercício de sororidade e empatia. No site do projeto, as empreendedoras encontram artigos e ferramentas de gestão, além de um curso online sobre Plano de Crescimento, vídeos e histórias inspiradoras de mulheres que estão à frente dos negócios.
Fonte: Exame

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Mulheres dão a força ao empreendedorismo no Brasil

O empoderamento feminino tem alçado voos altos, inclusive quando se trata de empreendedorismo. Cada vez mais as mulheres criam coragem para começar um negócio e encarar as oscilações de mercado. Prova disso é que elas já são maioria – 51,5% – entre os empresários iniciais do país. Entre os empreendedores já estabelecidos, no entanto, o cenário é bem diferente. Elas ainda estão para atrás – são apenas 42,7% contra 57,3% de homens. Esses dados são do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016.
A mesma situação foi apontada em levantamento recente do Serasa Experian, que demonstrou que 37% das empresas com sócias mulheres está no grupo definido como “No começo”, que concentra empresas com menos de cinco anos, entre microempreendedores individuais (MEIs), microempresas, pequenas e médias empresas. Do total geral de empresas avaliadas pelo levantamento, lideradas tanto por empreendedores homens quanto mulheres, apenas 29,5% estão nesse grupo. É uma diferença também considerável de mais de sete pontos percentuais.
Enfrentando grandes obstáculos
Os dois estudos sugerem que as mulheres brasileiras conseguem criar novos negócios na mesma proporção que os homens, mas enfrentam mais dificuldades para fazer seus empreendimentos chegarem à fase de amadurecimento. “São muitos os desafios que as mulheres encaram para empreender”, afirma Camila Ribeiro, analista de negócios do Sebrae SP e gestora do programa Mulheres Empreendedoras da Zona Sul.
Entre os principais obstáculos que as mulheres relatam estão preconceito de gênero, menor credibilidade pelo fato de o mundo dos negócios ser mais tradicionalmente associado a homens e até maior dificuldade de financiamento. Esse problema, aliás, está longe de ser exclusividade brasileira.
Um estudo do Babson College, dos Estados Unidos, mostrou que, enquanto as mulheres detêm cerca de 40% dos negócios do país, apenas perto de 5% de todos os investimentos de capital e apenas 3% do financiamento de capital de risco vão para empresas chefiadas por elas. Quer mais? O estudo indica que, se as mulheres começassem com o mesmo capital que os homens, poderiam somar 6 milhões de empregos à economia norte-americana em cinco anos – 2 milhões deles apenas no primeiro ano.
Além da dificuldade de conseguir crédito, Camila destaca a dificuldade que a mulher enfrenta para administrar o tempo a fim de conciliar casa, família, maternidade e empresa. Além disso, há o desafio da empreendedora com ela mesma. “É comum encontrar algumas mulheres que não se acham capazes de abrir seu próprio negócio e não desenvolvem suas habilidades”, explica. Ou seja, são barreiras que os empreendedores homens – apenas por uma diferença de gênero – não têm de enfrentar.
No entanto, mesmo diante de tantos desafios e preconceitos, a especialista observa cada vez mais mulheres driblando dificuldades com maestria para empreender e desenvolver o propósito da sua empresa. Foi o que fez Luciane Abramo, que decidiu abrir a Óperah Soluções Empresariais em 2002, quando era gerente de TI de uma grande distribuidora de óleo e gás. “Por ser mulher naquele ambiente masculino, me olhavam como alguém fragilizado, sem muitas expectativas”, conta.
Os primeiros anos não foram fáceis. “Eu mal tinha dinheiro para o combustível, usava o limite do banco, dormia menos de quatro horas para estudar e sentia como era difícil para a mulher impor respeito em um universo masculino”, conta. Hoje, com mais de 15 anos de mercado, sua empresa tem centenas de projetos entregues e é uma integradora de soluções em telecom e tecnologia.
Novos caminhos se abrindo
Casos como o de Luciane devem se tornar mais frequentes. Pelo menos, existe uma indicação de que novos caminhos estejam surgindo. É possível observar essa tendência comparando dados dos últimos relatórios GEM. Se hoje as mulheres representam 42,7% dos empreendedores estabelecidos e ficam 14 pontos percentuais atrás dos homens, em 2007, elas eram representavam apenas 38,4% dos empreendedores estabelecidos – uma diferença de 23 pontos percentuais em relação aos 61,6% de homens nesse patamar.
“Sabemos que ainda há um caminho longo a percorrer em busca da equidade de gêneros e respeito às mulheres e suas atividades, mas estamos ganhando mais lutas do que perdendo”, afirma Camila, do Sebrae SP. Para ela, o importante é que todas continuem construindo modelos reais de sucesso, protagonizando suas histórias e, com isso, empoderando outras mulheres.

Fonte: Exame