quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Virei a página em 2017: empresário vence crise, paga dívidas e vê negócio decolar

O empresário Tales Martins, de 44 anos, demorou quatro anos para ver sua empresa de assistência técnica decolar. Ele começou o seu negócio depois que ficou desempregado, em 2013, mas as contas não fechavam. Endividado, ele fazia bicos para sobreviver. Mas 2017 foi o ano da virada e seu negócio finalmente engrenou.

Neste ano, a carteira de clientes dobrou, e o faturamento mensal aumentou 800%. Além disso, a maior parte de suas dívidas está quitada, e o empresário já consegue pagar seus fornecedores à vista.

O empresário credita todas essas mudanças à retomada da economia no país e à revisão de estratégia implementada no seu negócio. Ele se diz confiante com as perspectivas de mais melhoras no cenário econômico do país.

Virei a página em 2017 é uma série de reportagens do G1 que vai contar histórias de pessoas que, como Tales, alcançaram um sonho, superaram uma dificuldade ou mudaram de vida neste ano que termina.

Negócio próprio

Tales trabalhou por 10 anos em uma multinacional como gerente da área de assistência técnica, mas, em 2013, ficou desempregado.

Após várias tentativas de se recolocar no mercado, o empresário viu a oportunidade de montar uma empresa para aproveitar seu conhecimento na área.

"Os clientes do segmento me ligavam e eu enxerguei ali a oportunidade de montar a minha empresa", conta.

No mesmo ano, criou um site para divulgar a empresa de serviços de assistência técnica para máquinas de corte que usam jato de água.

Mas o caminho não foi fácil. Na época, não havia tanto serviço. Em 2014, a economia começava a dar sinais de desaquecimento. Segundo ele, a empresa não faturava nada, e Tales dependia da renda de motorista do Uber e dava aulas para sobreviver.

Em 2015, Tales mudou sua estrutura de fornecedores para conseguir materiais mais baratos e melhorar sua margem. Ainda assim, o dinheiro que entrava ia principalmente para o pagamento de dívidas. E foi assim também em 2016.

“Mas 2017 foi um ano bom para nós, principalmente neste segundo semestre. A gente vem trabalhando mais, com o dobro de clientes, pagando algumas dívidas que ficaram e vendo o horizonte crescer na frente”, comemora.

Mudanças

A empresa, que era localizada em Guarulhos, passou este ano para o Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo, para ficar mais perto dos clientes. Antes, Tales trabalhava sozinho, mas neste ano contratou quatro pessoas. O faturamento mensal passou de R$ 10 mil, no ano passado, para R$ 90 mil este ano.

Para Tales, o grande "pulo do gato" para crescer foram as parcerias com fornecedores de outros países, porque ele consegue adquirir as peças mais rapidamente e por um preço menor. Segundo ele, 90% das peças são importadas.

A empresa de Tales importa dos EUA, China e Europa. No meio deste ano, ele abriu um escritório em Santiago, no Chile, e no ano que vem abrirá outro em Córdoba, na Argentina, para ampliar ainda mais as parcerias.

"Já vendemos e prestamos serviços em toda a América Latina, do México para baixo", diz. No ano que vem, Tales já planeja expandir a área da empresa – ele comprou um terreno próximo.


Fonte: Pequenas Empresas, grandes negócios

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